Cleópatra negra deve causar o banimento da Netflix no Egito

A nova minissérie documental da Netflix, Rainha Cleópatra, tem causado polêmica por ser estrelada por uma atriz negra, a britânica Adele James, responsável por interpretar a rainha Cleópatra VII. A produção, que deve ser lançada em 10 de maio, já é alvo de um processo na Justiça.

O serviço de streaming está sendo acusado de “promover o pensamento ‘afro centrista’ que inclui slogans e escritos direcionados para distorcer e apagar a identidade egípcia”, de acordo com a BBC. O advogado local Mahmoud al-Semary pede que “medidas legais necessárias” sejam tomadas para suspender o lançamento e até mesmo bloquear o acesso à Netflix no Egito.

O produtor da série argumenta que a ascendência de Cleópatra é “altamente debatida”. A identidade da mãe de Cleópatra, filha de Ptolomeu XII, é desconhecida. A rainha, que nasceu na cidade egípcia de Alexandria em 69 a.C. foi a última da dinastia a governar o Egito antes da queda para o império romano.

A Polêmica na Internet

Uma petição para cancelar a série Rainha Cleópatra por falsificar a história somava mais de 60 mil assinaturas quando foi removida pela plataforma de solicitações, na última sexta-feira (14). Outra petição foi criada na mesma plataforma, alguns dias depois, e soma mais de 4 mil assinaturas.

Em publicação feita no próprio site, em fevereiro, a Netflix esclareceu que a escolha de Adele James como Cleopatra foi “uma referência a um debate secular sobre a raça da governante”. O trailer, lançado há 8 dias, recebeu uma onda de comentários negativos fazendo com que a plataforma desativasse as interações com vídeo.

“Esta temporada contará com Cleópatra, a mulher mais famosa, poderosa e incompreendida do mundo – uma rainha ousada cuja beleza e romances passaram a ofuscar seu verdadeiro trunfo: seu intelecto”, descreve o enredo.

A série, com produção executiva de Jada Pinkett Smith, tem lançamento previsto para 10 de maio.

Veja Também: